segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pontos de Venda do Livro: "O Legado da Cultura Tropeira


VENDA DO LIVRO "O LEGADO DA CULTURA TROPEIRA"

- Em Mafra-SC: Na Imobiliária Thiago Moreira - em frente ao supermercado Belém ou com o próprio autor na UnC/Campus Mafra

- Em Papanduva-SC: Na Farmácia ESTELAMARES
Valor R$: 15,00

Lançamento do livro "O Legado da Cultura Tropeira" em Mafra-SC em 24/11/2010

FLAGRANTES DO LANÇAMENTO DO LIVRO "O LEGADO DA CULTURA TROPEIRA" NO HOTEL SUSIM


O evento contou com a participação de 110 convidados, representantes da Universidade do Contestado - UnC/Campus Mafra, representantes das secretarias de Cultura das Prefeituras Municipais de Mafra e Rio Negro, representantes dos Prefeitos, grupo de pesquisa e do grupo Cordas Caboclas que com suas músicas de raiz fez os convidados entrarem no contexto da obra.

Lançamento do livro "O LEGADO DA CULTURA TROPEIRA" na localidade de Augusta Vitória em Mafra-SC em 19/11/2010

FLAGRANTES DO LANÇAMENTO DO LIVRO "O LEGADO DA CULTURA TROPEIRA" NA LOCALIDADE DE AUGUSTA VITÓRIA



A comunidade de Augusta Vitória esteve no decorrer de todo o processo de pesquisa envolvida com o grupo de trabalho, ora em reuniões, ora com depoimentos para a produção da obra e no dia do lançamento do livro preparou uma deliciosa janta, com o sabor da colônia, que jamais será esquecida pelos 300 convidados presentes vindos de Saltinho do Canivete, Bela Vista, Guarupu, Estiva, Cedro e Rio Negro. Uma festa jamais vista no interior de Mafra, uma noite de autógrafos.






Livro “O Legado da Cultura Tropeira” será lançado hoje
Por Gazeta de Riomafra Publicado em 24/11/2010




Obra contribui para o resgate da identidade sócio-cultural do homem do Planalto Norte Catarinense, suas origens, hábitos e costumes


Hoje acontece o lançamento do livro “O Legado da Cultura Tropeira”, do professor Sandro César Moreira da Universidade do Contestado – UnC, a partir das 20h, no Hotel Susin. O livro é resultado de uma pesquisa realizada entre dezembro de 2009 a setembro de 2010 e tem como objetivo o levantamento dos vestígios e legados sócio-culturais do movimento tropeiro para a região cortada pelo caminho das tropas de Mafra a Papanduva. A pesquisa teve início por meio do Edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – um programa de seleção pública de projetos culturais da Secretaria de Estado Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura e Conselho Estadual de Cultura, destinado a estimular a produção, circulação, pesquisa, formação, preservação e difusão cultural de trabalhos artísticos de pessoas físicas e jurídicas, com ou sem fins lucrativos, domiciliadas ou registradas em território catarinense.
No dia 19 de novembro acontecerá o pré-lançamento do livro na capela de Augusta Vitória, comunidade que abriga ainda hoje famílias dos tropeiros que passaram pela região.

Parcerias:

A Prefeitura de Mafra, através da Secretaria Municipal da Cultura, Esporte e Turismo, apóia a iniciativa do autor no lançamento desta obra. Para a diretora de Cultura, Kátia Lansky, qualquer publicação que remeta à história de Mafra é de grande importância ao município. “Livros que retratam a formação da cultura e etnia do nosso povo são grandes fontes de pesquisa, tornando-se um material de referência histórica para o município”, ressaltou.
O livro contou também com o apoio de parceiros como a Fundação Catarinense de Cultura, Prefeituras Municipais de Itaiópolis e Papanduva, UnC, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e Governo do Estado de Santa Catarina.
Referências:

A coordenação do projeto tomou como referência o trabalho desenvolvido pela Uniplac em parceria com a UnC que levantou e demarcou em 2006 o caminho original, bem como os pontos de pouso da antiga Estrada da Mata no trecho que corta o Estado de Santa Catarina, do passo de Santa Vitória, no rio Pelotas ao passo do rio Negro, em Mafra.
A obra está dividida em quatro capítulos, sendo que no primeiro são abordados os elementos históricos constitutivos do significado da antiga estrada da mata para unidade territorial, política e econômica do Brasil, bem como, as características sócio-culturais do homem que forjou a cultura social do planalto catarinense. No segundo capítulo estão apresentados os vestígios, pontos de pousos e localização da antiga estrada no recorte geográfico de Mafra a Papanduva com relatos de antigos moradores, há muito residentes no recorte do espaço-temporal estudado. No terceiro capítulo estão evidenciados além das denominações dadas pelos tropeiros aos vários rios, acidentes geográficos, que se mantém até os dias atuais, como por exemplo: Arroio do Passo, Morro do São Lourenço, Quebradente, Passo do Butiá, Sepultura, dentre tantos outros, as lendas e causos, a cozinha e selaria tropeira. E, no quarto e último capítulo, uma síntese do legado da cultura tropeira na região estudada.

Legado:

O legado cultural dos tropeiros paulistas está evidenciado na região de Mafra, Itaiópolis e Papanduva, na linguagem, nos hábitos e costumes destacados nas histórias de causos e lendas. “Embora a criação política dos municípios seja recente, Mafra com 93 anos, Papanduva com 56 anos e Itaiópolis com 92 anos, o início da passagem pela região de bandeirantes e posteriormente tropeiros, data da primeira metade do século XVIII. Isto há 275 anos, momento que tem início a história da formação sócio-cultural do homem do planalto catarinense”, explica o professor Sandro.
Trabalho de pesquisa:
Segundo Sandro Moreira, inicialmente foram feitas reuniões com as comunidades arroladas na delimitação do projeto para analisar e realimentar os encaminhamentos metodológicos, grupos de trabalho com membros da comunidade e acadêmicos dos Cursos de História, Pedagogia e Sistema de Informação da UnC – Mafra. Em seguida foi feito treinamento do grupo em pesquisa e preservação do patrimônio histórico social e natural. No decorrer do processo se fez a identificação da imaterialidade cultural e do levantamento através de pesquisa oral, com memorialistas da região e entrevistas com os habitantes residentes ao longo do antigo caminho. “O resultado buscado não é outro que não contribuir para o resgate da identidade sócio-cultural do homem do Planalto Norte Catarinense, suas origens, hábitos e costumes, particularmente a razão de seu modo de ser”, conclui Sandro.

Confira trecho do livro:

Estela da Costa Ribeiro, ao se referir a mula sem cabeça, conta uma passagem inusitada que seu pai teria vivido: “Ele estava andando de mula à meia-noite, e lá em certa altura, vinha vindo em sentido contrário àquela mula sem cabeça, parecia uma tocha de fogo, mas ela vinha que vinha, rinchando diz ,[...] quando viu aquilo, desapiou do cavalo, ao lado de uma lagoa e ficou ali, tirou o calçado, abaixou a cabeça,e diz que a mula vinha e se jogava com os pés contra ele, e voltava rinchando, e ele, ali rezando de cabeça baixa, de repente, lá vinha a mula de novo, chegava bem pertinho, e após uma hora sofrendo com a mula, ela veio mais uma vez e foi embora, e não mais voltou, meu pai contou que passou muito horror”.